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O objetivo do Espaço Corporal é integrar os vários aspectos da saúde. Despertar a consciência corporal e aprender a escutar o que o seu corpo diz, tem efeito positivo na manutenção da saúde, estimula o autocuidado e a adoção de hábitos saudáveis. Somos vários profissionais comungando de uma visão contemporânea do corpo físico, mental e energético. Desenvolvemos tratamentos individuais, em grupos, massagens, trabalhos de expressão artística e grupos de estudos. Para o Espaço Corporal, a saúde é um recurso para a vida diária, englobando a alimentação equilibrada, o sono regular, exercícios, lazer e cultura. Venha nos conhecer.

FONOAUDIOLOGIA

FONOAUDIOLOGIA
Margarida Velloso
2ª e 4ª feira (horário à combinar)



ENTREVISTA
Margarida Maria Velloso
CRFª 4226RJ

 

1-    Margarida, o que inspira seu trabalho?

 
Há uma criança dentro de mim. É essa criança que me inspira no trabalho que sempre exerci. É com crianças que gosto de trabalhar!

Em alguns momentos trabalhei com adultos e jovens. Lecionei em Faculdades de Pedagogia. Hoje, no meu trabalho, é necessário também estar em contato constante com adultos, que são os profissionais que lidam com as mesmas crianças que eu.
O meu primeiro trabalho foi numa escola particular, dirigida por freiras, da Ordem das Sacramentinas. Foi no Instituto São José. Eu tinha dezoito anos e foi-me oferecida uma turma de primeira série, crianças alfabetizadas, com idade de sete anos. Com elas iniciei a minha vida profissional.


2-    Que experiências/ vivências você tinha antes de ingressar nessa escola?

Gostava de alfabetizar as empregadas lá de casa. Às vezes dava certo. Ajudei minhas quatro irmãs, mais novas, nos deveres. Estudava com elas e ouvi minha mãe alfabetizá-las; inclusive eu, fui alfabetizada por ela. Pratiquei também, na Escola de Aplicação do colégio onde fiz o curso Pedagógico. Foi no Colégio Pio XI. O diretor construiu uma escola para prática das alunas. Foi aí que comecei a constatar o quanto eu gostava desse trabalho.
A inexperiência me fez muito atenta e dedicada. Amava o que fazia.

Experimentei a descoberta: a mais simples, vale até hoje! O prazer de aprender, o prazer de aprender brincando, aproveitar a curiosidade no momento que surge e o brincar!

Esquecer, impossível! Eu andava de patins com os meus alunos na hora do recreio e da aula de Educação Física, que eu mesma dava. Cada criança levava os seus patins, e eu os meus.
Freiras, diretora, coordenadora e pais acabaram gostando.

No início desconfiaram. Temiam que as crianças tivessem falhas de conteúdo. Tudo de bom acabou acontecendo sem essa falta. Deu certo e eu consegui aproveitar a liberdade que me foi dada.

No fim do ano houve um abaixo-assinado feito pelos pais: pediram que eu seguisse a turma. E assim foi.

3-    Quando você escolheu a Fonoaudiologia?

 
Passei quatro anos dando aula e cursando a faculdade de Educação (Pedagogia),quando fui convidada para dar aulas no Centrinho, que iniciava o seu primeiro segmento, com todas as turmas completas, compostas por alunos vindos de diversas escolas de Niterói.

Passados dez anos ficou claro para mim e foi observado nas escolas; eu tinha um olhar cuidadoso e facilitador para com as crianças que apresentavam qualquer tipo de dificuldade, principalmente na área da comunicação.

Daí em diante , comecei a pensar em me aperfeiçoar e em ter um trabalho mais específico. Pesquisei  e escolhi a fonoaudiologia.

Concluí a faculdade e iniciei a nova profissão: Fonoaudióloga. Logo que me formei, profissionais das escolas em que eu havia trabalhado me encaminharam crianças. Levei a minha matrícula de professora do estado para a Sociedade Pestalozzi de Niterói, onde passei a exercer  a profissão  atendendo à   crianças carentes e portadoras de diversas patologias. Lá deixei alguns trabalhos que foram publicados. Trabalhei na equipe do SUS (no atendimento à comunidade) durante 12 anos.

Hoje trabalho no meu espaço profissional particular, e também no ESPAÇO CORPORAL VANIA MACIEL. É lá que gosto de trabalhar.

Cheguei ao espaço de Vania num momento especialmente difícil, em busca de tratamento e de ajuda, devido a uma cirurgia de coluna mal sucedida.

Senti-me acolhida e confiante em relação ao  tratamento que me foi dado:  físico,  psicológico e espiritual. Acabei por sublocar uma sala para atender meus pacientes da Região Oceânica.

Entre nós cresceu uma grande amizade que se estende para além do ESPAÇO.

Serei eternamente grata à Vania, por  tantos ganhos que obtive como sua aluna e sua paciente. Ganhei, e continuo ganhando, consciência corporal; fundamental para mim e para meu trabalho com crianças e adolescentes.

Descobri a importância de falar com as crianças e repetir para os pais: temos uma vida inteira para aprender, e que, para aprender realmente, temos que ERRAR”. Assim,o medo de errar é  descontruído.

O ESPAÇO oferece várias terapias além do alto astral e da dedicação dos que nele trabalham. Agradeço aos que trataram de mim, a Tania e a Daisy sempre tão presentes nesses 12 anos.

Crianças e pais sentem-se acolhidos e podem desfrutar de um ambiente tranquilo, com música relaxante e bons livros para consultas, à disposição.


4-    E atualmente, como está o seu trabalho?

 
Hoje, busco outras formações que se somam às anteriores e trazem transformações. Novos caminhos se abrem.

Outra coisa importante: pais, escolas e outros profissionais que possa a criança ter, precisam se comunicar. Pais precisam de encontros e de orientação assim como a escola e eu precisamos dessa troca.

 O que faz o meu trabalho ser tão especial são as próprias crianças e o grande mistério que traz cada uma delas. Cabe a mim tentar descobrir e ajudá-las a encontrar seus próprios caminhos.

 

Margarida Velloso

 

 



Fonoaudiologia Prática


Não é mais possível praticar a fonoaudiologia com base na especialização que supõe apenas as competências tecnocientíficas: outras áreas são complementares e, para mim, indispensáveis, como a psicologia, a arte, a literatura e outras mais. Trabalho com a expressão da criança e o ponto de partida, no caso de dificuldade na expressão verbal, tem sido o seu imaginário. É importante que ela externalize o que tem em sua alma para que possa internalizar qualquer tipo de conteúdo que venha de fora.

Para isso, tenho buscado formas de trabalhar que sejam prazerosas e facilitadoras do processo de cada uma.


Margarida Maria Velloso
CRFa 4226RJ
Atendimento individual ou em pequenos grupos



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