Ecologia na abordagem Holística

Será que dá para pensar em Ecologia sem inserir o homem consciente?


Não é possível o equilíbrio com a natureza sem que o homem como um todo se transforme, diz Sandra Celano, em seu artigo. E ela vai mais além , diz que para querer a reversão do processo na Terra, hoje assustador, não basta que uma minoria desperte para a séria questão da natureza interior a fim de que esta lhe sirva, lhe possibilite continuar a respirar, a se alimentar, a lhe fornecer água potável.

Ela diz ainda que se o homem não acordar para a Terra, como um organismo e cada uma de suas partes como elementos, como subsistemas deste organismo, qualquer mudança será meramente superficial_ é como se colocasse um curativo sobre uma ferida não tratada profundamente. O que observamos e sofremos hoje não passa de um fruto de nosso próprio desajuste com a nossa própria natureza interna; simplesmente vivemos o reflexo de nossas próprias emoções desequilibradas. Assim como nos processos de somatização, o corpo-Terra hoje fala da postura humana diante da vida como um todo.A visão fragmentada do Universo, através do qual se vê apenas a parte ( geralmente a do eu e do meu ) impede a visão e uma postura de totalidade, através da qual se descobre que não se vive sozinho, que o ar que está percorrendo nosso sangue, hoje, agora neste momento, já passou por outros organismos humanos, já foi rios, mares, nuvens; que o ódio que instilo agora, sobre minha família ou sobre meus patrões ou empregados com certeza tornará a passear pelo meu organismo interno sob qualquer forma energética e que sofrerei as conseqüências.

Enfim, mudanças internas profundas se fazem urgentes. Não dá para fechar os olhos e achar que o problema está no outro. Somos todos responsáveis pela vida neste nosso planeta Terra.

Regina Rangel