TOQUES E RETOQUES - Regina Rangel, Terapeuta Vibracional do Espaço Corporal Vania Maciel

Quando fiz estas fotos me veio a ideia de escrever sobre o Acolhimento  - TOQUES E RETOQUES.

Fiquei por um bom tempo observando em silêncio a maravilha refletida em luz, sombra, som, frescor. Nem a água, nem a rocha impondo-se uma a outra. A água fluida envolvendo a rocha sem pedir, sem cobrar, sem julgar... chegando como numa dança sedutora e cheia de poder! A rocha, por sua vez, recebe, acolhe, direciona, dá forma aos movimentos da água. Algumas vezes em estardalhaço, como em cachoeiras. Outras como em remansos calmos e lentos. Convivem em espontaneidade, beleza, harmonia, ritmo. Pura pulsação em vida viva!
Assim é o acolhimento! Abrimos o nosso coração à sabedoria inata afim de receber o outro sem pré conceitos, sem julgamentos, sem cobranças....e ficamos ali, no encontro: juntos, ouvindo, olhando, falando, respirando, tocando...praticando a escuta amorosa, o olhar em contato, a pele se abrindo em conexão com um campo energético vibrante e presente...só recebendo o outro em acolhimento amoroso, na intenção de facilitar possibilidades de luz e clareza na vida de quem nos procura.

Pra você que já tem um curso de massagem, pequenos cuidados que fazem a grande diferença no seu atendimento:

1- O momento de chegada é importante. Podemos perceber a forma como a pessoa anda, se veste, fala, olha e se comunica. Com isto podemos fazer uma espécie de reconhecimento da sua forma de expressão no mundo;

2- O acolhimento: falar olhando nos olhos, com calma, gentileza, amorosidade; 

3- Ter uma conversa objetiva sobre como ela se sente naquele momento; se faz algum tipo de tratamento; se faz uso de algum medicamento...;

4- Usar linguagem simples e coerente. Deixar a pessoa falar mais do que você. O Terapeuta pontua ao invés de ficar fazendo muitas perguntas. Afinal ela está chegando;

4- Não é muito bom ficar dando conselhos. Orientação é uma coisa e conselho é outra coisa. Ficar atento a esta diferença;

5- O conforto é muito importante. Deixar claro que é para falar sempre que sentir algum tipo de desconforto, como muito tempo na mesma posição, temperatura... A expressão é uma forma de liberação de tensões e um facilitador de contato;

6- Incentivar a expressão da dor. Não como um aviso mental: "aí dói", mas através do som de gemido de dor. O som sai, a gargante abre, a respiração fica mais livre;

7- A percepção do terapeuta com relação a respiração do cliente e da sua própria respiração. Incentivar a respiração e sempre que puder pontuar nesta direção;

8- É importante o Terapeuta ter conhecimento para poder falar sobre respiração como um momento pedagógico;

9- Chamar a atenção para as sensações corporais, emocionais, mentais. É bem legal chamar a atenção antes, durante e depois do tratamento, para que ele possa se conscientizar da diferença;

10- Atenção ao que acontece durante o atendimento: respiração, cor da pele, arrepios, pulsações...;

11- Estar conectado ao momento presente durante a sessão. Para isto é importante contactar com os seus pés no chão, com sua respiração, com sua postura, com o ritmo dos seus movimentos;

12- Favorecer a conexão entre seu próprio campo energético com o campo do cliente, com a intenção de formação de um só campo energético;

13- Contato ocular: nada pior do que falar olhando para os lados, para cima ou para baixo. Procure olhar nos olhos e o incentive a olhar também. Este pode ser um assunto para um outro momento pedagógico: a importância da conexão através do olhar;

14- Cultura, uma boa articulação de ideias, respeito, educação, higiene pessoal, também são fatores muito importantes;

15- Amor e alegria no coração aliados a boas técnicas são as chaves para um bom encontro. 

Regina Rangel, Terapeuta Vibracional do Espaço Corporal Vania Maciel